6 de outubro de 2025

Como é difícil perdoar! Por quê?

         

                                                                                                                  Quanto sofrimento, quantas lacerações, quantas guerras poderiam ser evitadas se o perdão e a misericórdia fossem o estilo de nossa vida! Mesmo em família, isto dizia o papa Francisco.  E Jesus recomendava o perdão. Ele mesmo perdoou até o fim. Como perdoar? É o que pergunta a nós, Rosângela. Nesta matéria do Portal Paulinas oferecemos algumas pistas. Veja e, o que você acrescentaria?                                                                                                                                                           https://universo.paulinas.com.br/conteudo/como-e-dificil-perdoar-por-que-/1438

15 de agosto de 2025

Assistolia fetal - o que é e qual a posição da Igreja?

 O que a Igreja diz sobre a assistolia fetal?  - J. Bispo - Salvador (BA)

Este assunto vem sendo abordado no Senado Federal, no Conselho Federal de Medicina (CFM) e na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

por Ir. Patrícia Silva,fsp

Nesta quinta-feira (14 de agosto), no Senado,  Raphael Câmara, do Conselho Federal de Medicina (CFM)  explicou que a assistolia fetal é um ato médico, um ato de tortura e barbárie que não deve ser realizado em seres humanos. Ele lembrou que o próprio Conselho Federal de Medicina Veterinária não autoriza o procedimento em animais desde 2012. “O STF tem que pautar a discussão para protegermos a vida dos bebês brasileiros. Atualmente, três, em média, são assassinados por assistolia fetal no Brasil. Estamos falando de bebês formados, de oito e nove meses, que são assassinados. O Código Penal não dá direito ao aborto. Só há aborto quando há risco materno”, afirmou.Raphael Câmara voltou a falar sobre o assunto e explicou que a assistolia fetal é um ato médico, um ato de tortura e barbárie que não deve ser realizado em seres humanos. Ele lembrou que o próprio Conselho Federal de Medicina Veterinária não autoriza o procedimento em animais desde 2012. “O STF tem que pautar a discussão para protegermos a vida dos bebês brasileiros. Atualmente, três, em média, são assassinados por assistolia fetal no Brasil. Estamos falando de bebês formados, de oito e nove meses, que são assassinados. O Código Penal não dá direito ao aborto. Só há aborto quando há risco materno”, afirmou.

Também na quinta-feira, 14 de agosto, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgaram nota conjunta na qual manifestam repúdio à proposta de legitimação da assistolia fetal no Brasil. 

As entidades recordam, no pronunciamento, seus compromissos institucionais com a dignidade da vida humana desde a concepção até seu fim natural, bem como com o exercício técnico e ético da medicina, a garantia da objeção de consciência do médico e o respeito aos limites legais.

A assistolia fetal é um procedimento que consiste na injeção de cloreto de potássio diretamente no coração do nascituro, provocando sua morte por parada cardíaca. Segundo o CFM, a prática não é permitida na eutanásia de animais em diversos protocolos legais. O cloreto de potássio é utilizado na execução de condenados à morte nos países que preveem esse tipo de condenação.

“A prática da assistolia fetal é desumana, dolorosa e desproporcional. Trata-se de uma forma de interrupção da gravidez que, ao provocar sofrimento físico no feto, fere frontalmente o princípio da dignidade da pessoa humana, base do nosso Estado Democrático de Direito”, afirmam as entidades.

Leia a Nota da CNBB e do CFM

em Defesa da Vida e Contra a Assistolia Fetal, na íntegra em: https://www.cnbb.org.br/nota-cnbb-cfm-repudio-assistolia-fetal/

14 de agosto de 2025

QUERO ENTENDER a Teologia do domínio

Imagem:Freepik


O que é
TEOLOGIA DO DOMÍNIO?

Tenho ouvido falar em Teologia do domínio. Uma vez era Teologia da prosperidade. Agora é Teologia do domínio? - Celita C. – Rio Grande (RS). por Ir. Patrícia Silva,fsp A Teologia do domínio agrupa várias tendências cristãs fundamentalistas, inclusive integralistas católicos que postulam uma política exclusivamente religiosa, de base bíblica. A Teologia da prosperidade, já é mais conhecida, e afirma que a fé em Deus, expressa através de contribuições financeiras que resultam em prosperidade material e saúde. Essa doutrina argumenta que Deus deseja que seus seguidores sejam ricos e bem-sucedidos financeiramente, e que a fé e as doações para a igreja são meios para alcançar tudo isto. Por promover esta visão mercantilista da fé, onde as doações são vistas como um investimento com retorno garantido, não é reconhecida por cristãos que professam a fé em Deus Pai, misericordioso. Fundamentalismo do domínio A Teologia do domínio baseia-se no capítulo primeiro do Gênesis. Na verdade, há duas versões sobre a criação, no Gênesis. Mas é citada apenas a primeira, quando se refere ao domínio. “Deus disse: façamos o homem à nossa imagem e semelhança para que domine sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos e todos os animais selvagens e todos os répteis que se arrastam sobre a terra.” (Gn 1,26-29). A Teologia do domínio tem contribuído muito para a expansão das igrejas neopentecostais e o fortalecimento das bancadas religiosas cristãs no Brasil, especialmente no Poder Legislativo. "Esses grupos, frequentemente defensores de um espectro ultraconservador, utilizam argumentos teológicos, morais e escatológicos, muitas vezes influenciados pelo pensamento norte-americano", afirma Donizete Xavier, doutor em Teologia Fundamental pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Este teólogo questiona, se esta visão “deve ser entendida como uma sistematização teológica ou, mais propriamente, como uma problematização de natureza ideológica”. O texto bíblico foi lido de forma fundamentalista e literal, sem considerar que o relato tem, pelo menos, 3 a 4 mil anos. O sentido das palavras não são os de hoje. Esses grupos não consideram o que elas significavam na época em que foram escritas. O texto deve ser interpretado na ótica da afirmação do ser humano criado “à imagem e semelhança de Deus”. O sentido original, em hebraico, de “imagem e semelhança” faz com que o ser humano seja o representante do Criador. A exegese bíblica esclarece As expressões “subjugar” e “dominar” devem ser entendidas, simplesmente, como ”cultivar e cuidar”. Não como “dominar”. Em Gênesis 1, não há nada de violência e dominação. Há a segunda versão do Gênesis (2,4-25) que diverge da primeira, nunca referida pelos representantes da teologia do domínio. Na segunda, Deus tira todos os seres do pó da terra, também o ser humano, estabelecendo com isso um laço de profunda irmandade entre todos. Criou o homem que vivia em solidão. Deu-lhe, então, uma mulher, para ser sua companheira. Colocou-os no Jardim do Éden, não para dominá-lo, mas para “cultivá-lo e guardá-lo” . Essa análise, à base do hebraico, é decisiva para descartar uma interpretação, fora do tempo, fundamentalista, a serviço de um sentido político. Nada mais distorcido e falso. Para conhecer melhor a Teologia do domínio veja no IHU, entrevista com o historiador João Cezar de Castro Rocha, em 11-03-2024: https://www.ihu.unisinos.br/categorias/637313-para-entender-a-perigosa-teologia-da-dominacao



25 de janeiro de 2024

470 anos da cidade de São Paulo. O que destacar?

 




População da cidade de São Paulo

Com 11.451.245, a população da cidade de São Paulo é quase o equivalente a 2.354 municípios brasileiros, de acordo com dados do Censo 2022, publicado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).

Divulgado no final de 2022, o levantamento indica que a região metropolitana chegou a marca de 21,9 milhões de moradores.


Da pequena vila à metrópole, 

a cidade contribuiu significativamente para o desenvolvimento do Brasil

Origem do nome

São Paulo, uma das maiores metrópoles brasileiras e um dos lugares mais diversificados do Brasil, abrigando mais de 70 nacionalidades diferentes entre seus habitantes, comemora seus 470 anos na quinta-feira, 25. Muitos não sabem, no entanto,  a origem do seu nome é bíblica, já que homenageia o apóstolo Paulo. No dia do aniversário da cidade, 25 de janeiro, a Igreja Católica celebra o dia da conversão de Paulo de Tarso ao cristianismo.

O próprio padre José de Anchieta escreveu em carta à Companhia de Jesus a respeito da conversão de Paulo de Tarso e a cidade:

"A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo. Por isso, a ele dedicamos nossa casa!". 

Os primeiros anos: missão jesuíta e colonização (1554-1700)

Nos primeiros anos após sua fundação em 1554, a cidade testemunhou a consolidação da missão jesuíta São Paulo de Piratininga, liderada pelos padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta. 

São José de Anchieta, apóstolo do Brasil e modelo de evangelização. Considerado o “Apóstolo do Brasil”, José de Anchieta foi beatificado, em 22 de junho de 1980, pelo Papa São João Paulo II; e, no dia 3 de abril de 2014, foi declarado santo pelo Papa Francisco.

Primeiro catequista do Brasil e padroeiro dos catequistas

Em 2015, a Congregação para o Culto Divino e Sacramentos aceitou o pedido da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e declarou São José de Anchieta o padroeiro dos catequistas do Brasil.

Oração a São José de Anchieta

São José de Anchieta,

Apóstolo do Brasil,

Poeta da Virgem Maria,

Intercede por nós hoje e sempre.

Dá-nos a disponibilidade de servir a Jesus

Como tu o serviste nos mais pobres e necessitados.

Protege-nos de todos os males

Do corpo e da alma.

E, se for vontade de Deus,

Alcança-nos a graça que agora te pedimos

(pede-se a graça)

São José de Anchieta, rogai por nós!

Períodos de desenvolvimento (1700-1900)

No século XIX, São Paulo experimentou um notável desenvolvimento econômico com a expansão da lavoura de café. A escravização em massa e a imigração europeia foram elementos-chave desse período. 

Já no século XX, foi a industrialização que transformou a cidade em um centro urbano e econômico, contribuindo para a diversificação da população e cultura. A migração interna intensificou-se, criando desafios urbanos, mas também fortalecendo a identidade paulistana.




Identidade paulistana: desafios e inovação

A identidade de São Paulo é uma mistura única de elementos culturais, econômicos e urbanos. Como centro cosmopolita, absorve influências de todo o mundo, refletindo-se na diversidade de sua gastronomia, nas artes e nas tradições. A diversidade étnica e linguística, resultante das imigrações, contribui para a riqueza da cidade. 

Figuras históricas influentes (1554-2022)

Ao longo dos séculos, várias figuras históricas desempenharam papéis importantes:

– Padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta: fundadores da missão jesuíta.

– Bandeirantes como Antônio Raposo Tavares e Fernão Dias, marcando a expansão territorial.

– Mário de Andrade, contribuindo para o movimento modernista brasileiro.

– Família Matarazzo, pioneira na industrialização.

– Washington Luís, promovendo a modernização e urbanização, e desenvolvimento do sistema viário.

– Miguel Reale, fundamental na elaboração do Plano Diretor de 1971 – marco no planejamento urbano da cidade .

Curiosidades históricas de São Paulo

– Origem do Nome: São Paulo foi fundada em homenagem ao apóstolo Paulo, no Dia da Conversão de São Paulo, 25 de janeiro.

– Língua Talian: Em bairros como Bixiga, é possível encontrar falantes do “talian,” uma variação do italiano.

– Criador do Código de Trânsito: O jurista Paulo de Barros Carvalho teve papel fundamental na criação do Código de Trânsito Brasileiro.

– Torre do Banespa: Inspirada no Empire State Building, foi o edifício mais alto da América Latina.

-Data importante: 9 de julho

A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um levante armado protagonizado por São Paulo e iniciado em 9 de julho de 1932. O levante manifestou a insatisfação dos paulistas com o governo de Getúlio Vargas, sobretudo pela centralização de poder imposta pelo governo. É correto afirmar que São Paulo perdeu mais ganhou essa Revolução?

São Paulo perdeu militarmente a Revolução de 1932, mas ganhou os rumos transformadores e modernizadores. O poeta Guilherme de Almeida escreveu o

- Hino Paulista da Revolução de 32 

(letra: Guilherme de Almeida)

Nove de julho

Nove de Julho é a luz da Pátria

Data imortal deste berço augusto

Os bandeirantes denodados

Deste São Paulo vanguardeiro e justo


Nove de Julho é a glória do Brasil

Cantado por São Paulo

Sob um lindo céu de anil

Nove de Julho é a luz da Pátria

Data imortal deste berço augusto

Os bandeirantes denodados

Deste São Paulo vanguardeiro e justo


Nove de Julho heróica é bela data

Marco inicial da jornada democrata

Piratininga terra do trabalho

Onde são reis, a enxada e o malho


Seu povo altivo vai espalhando

Amor pela Pátria e vai cantando

Solo querido, terra amorosa

Pátria de bravos, sempre formosa

 MMDC  Monumento e Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 1932


Cada face do Monumento esta orientada para os quatro pontos cardeais e cada uma delas, com suas respectivas esculturas e alto-relevos representa 100 anos da história de São Paulo. A praça onde emerge o Monumento no Ibirapuera simboliza um coração: coração na terra, que no seu interior abriga a cripta em forma de cruz grega sustentada por arcos que lembram as tradicionais arcadas da Faculdade de Direto do Largo São Francisco, berço do movimento de 32.

Foi por esta razão que o escultor concebeu a iluminação da cripta do Monumento, vinda do chão, como a lembrar a luz mortos que vem da terra. São três as portas de bronze que conduzem do exterior do Monumento ao interior da cripta e vale ressaltar que todas elas abrem- se para o exterior, para o mundo tal como os portais dos cemitérios da Velha Europa, terra natal de seu Avô .

Bem no centro da cruz localiza-se a estátua em mármore do Soldado Desconhecido, que repousa sobre um bloco de mármore maciço, com os nomes inscritos dos quatro primeiros caídos pela Revolução. Esse bloco de mármore, por sua vez, está sobre uma Bandeira Paulista em preto e vermelho, que, obviamente, não se vê. E sob ela estão depositados os restos mortais de Miragaia, Martins, Drausio e Camargo, além de Paulo Virgínio.

A sigla M.M.D.C. representa as iniciais de quatro jovens paulistas (Mário Martins de Almeida; Euclides Miragaia; Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Américo Camargo de Andrade) que foram mortos durante o protesto, em São Paulo,  contra o governo ditatorial de Getúlio Vargas.

– Vale do Anhangabaú: Originalmente um rio canalizado para prevenir enchentes. O nome “Anhangabaú” significa “mau espírito” em tupi-guarani.

– Frota de Helicópteros: São Paulo possui uma das maiores frotas do mundo.


– Parque Ibirapuera - Inaugurado em 21 de agosto de 1954, durante as comemorações do IV Centenário de São Paulo, o projeto do Parque foi concebido pelos arquitetos Oscar Niemeyer, Ulhôa Cavalcanti, Zenon Lotufo, Eduardo Kneese de Mello, Ícaro de Castro Mello, além do paisagista Augusto Teixeira Mendes.

O nome Ibirapuera vem do tupi-guarani Ypy-ra-ouêra, que significa pau podre, por ser a região um brejo. Na época da colonização, era uma aldeia indígena, que depois deu lugar a chácaras e pastagens, usadas pelas boiadas que se dirigiam ao Matadouro Municipal, no bairro de Vila Mariana.

- O Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma das mais importantes instituições culturais do Brasil. Localiza-se sob a marquise do Parque Ibirapuera, em São Paulo, em um edifício inserido no conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer em 1954 e reformado por Lina Bo Bardi em 1982 para abrigar o museu.

– Museu da Língua Portuguesa: Primeiro museu do mundo totalmente dedicado a um idioma.

- MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand é um centro cultural e museu de arte brasileiro fundado em 1947 pelo empresário e jornalista paraibano Assis Chateaubriand. Fica na  Av. Paulista, 1578.

- Memorial da América Latina -  fundado em 1989, com o objetivo promover a integração cultural e política dos povos de língua portuguesa e hispano-americana. Conta não apenas com exposições, sempre gratuitas, mas também com peças de teatro, shows e espetáculos de dança, entre outros eventos.

- A Pinacoteca do Estado de São Paulo é um dos mais importantes museus de arte do Brasil. Ocupa um edifício construído em 1900, no Jardim da Luz, centro de São Paulo, projetado por Ramos de Azevedo e Domiziano Rossi para ser a sede do Liceu de Artes e Ofícios. A Pinacoteca é um excelente museu, pois conta com um acervo impressionante. Há várias tipos de obras de arte, como show de luzes e esculturas, além dos quadros de pinturas. Dentre os quadros há pinturas de artistas famosos juntamente com outros que não são muito conhecidos.



- Catedral da  Sé - a história da Catedral começa em 1589, quando o cacique Tibiriçá, em acordo com os missionários jesuítas, escolheu um terreno onde seria construída a primeira igreja. Era um local simples, feito de taipa de pilão, na época, chamada de Igreja Matriz da pequena Vila de São Paulo de Piratininga. 

A construção da atual Catedral da Sé foi iniciada no ano de 1913 e inaugurada em 1954. Está situada na Praça da Sé, no Marco Zero. É Patrimônio Histórico do Estado de São Paulo.

- Em 1931, chegaram da Itália, os padres e irmãos Paulinos, e as Irmãs Paulinas com a missão de evangelizar com o testemunho de seguimento de Jesus e  a comunicação da Palavra de Deus.

Transformação de uma vila em metrópole global

Um especialista comenta que a transformação de São Paulo de uma pequena vila para uma das maiores metrópoles do mundo ocorreu ao longo de vários séculos. “A fundação da missão jesuíta em 1554 foi um ponto inicial, seguido pela atividade dos bandeirantes e pela exploração do ouro, ao longo do século XVIII. Contudo, foi o crescimento vertiginoso da cafeicultura que impulsionou a economia e a da cidade”, diz ele. 

A imigração europeia e a industrialização no século XX contribuíram para a diversificação étnica e o crescimento populacional. A cidade se tornou um centro global com foco em serviços, finanças e tecnologia. Apesar dos desafios urbanos, São Paulo demonstra resiliência e inovação, refletindo sua complexa evolução ao longo do tempo.

Contribuições para o desenvolvimento do Brasil

São Paulo desempenhou um papel crucial no desenvolvimento do Brasil, especialmente nos aspectos econômicos. Destacou-se no ciclo do café e na subsequente industrialização, tornando-se um polo financeiro e comercial de grande importância. A imigração europeia contribuiu para a rica diversidade cultural da cidade. Como centro tecnológico, financeiro e comercial, a metrópole exerce uma influência significativa no desenvolvimento do país. 

Considerando todas as áreas de desenvolvimento: populacional, cultural, artística, econômica, política, educacional, saúde, pesquisa, tecnológica, São Paulo é um verdadeiro motor do progresso brasileiro.



Oração a São Paulo

Ó São Paulo, que, de perseguidor dos cristãos, vos tornastes grande apóstolo, e que para anunciar Jesus Cristo ao mundo inteiro, sofrestes prisões, flagelações, apedrejamentos, naufrágios e perseguições, alcançai-nos a graça da contínua conversão para o bem. Amém.     


Patrícia Silva, fsp

 https://focandovida.blogspot.com/


Fontes:  Internet, freepik

28 de dezembro de 2023

Quantas congregações religiosas existem no Brasil?

 


Veridiana Passos pergunta: 

Quantas congregações religiosas existem no Brasil?

O banco de dados sobre as congregações atualmente conta com 590 congregações, a maioria das quais ainda exerce atividades no Brasil. 

Destas congregações, 485 são femininas e 104 masculinas. Do total de congregações, 91 foram fundadas no Brasil, e o restante em 38 países estrangeiros diferentes.


5 de dezembro de 2023

Gostaria de entender o que é o pecado

 Giovana Rodrigues, Maringá (PR)  - Gostaria de entender o que é o pecado.




Querer "ser como deuses"

Giovana, o Catecismo da Igreja Católica (CIC) explica da seguinte forma o pecado: "O pecado é uma ofensa a Deus: «Pequei contra Vós, só contra Vós, e fiz o mal diante dos vossos olhos» (Sl 51, 6). O pecado é contrário ao amor que Deus nos tem e afasta dele os nossos corações. É, como o primeiro pecado, uma desobediência, uma revolta contra Deus, pela vontade de os homens se tornarem «como deuses», conhecendo e determinando o que é bem e o que é mal (Gn 3, 5). Assim, o pecado é «o amor de si próprio levado até ao desprezo de Deus» (90). Por esta exaltação orgulhosa de si mesmo, o pecado é diametralmente oposto à obediência de Jesus, que realizou a salvação.


É precisamente na Paixão, em que a misericórdia de Cristo o vai vencer, que o pecado manifesta melhor a sua violência e a sua multiplicidade: incredulidade, ódio assassino, rejeição e escárnio por parte dos chefes e do povo, covardia de Pilatos e crueldade dos soldados, traição de Judas tão dura para Jesus, negação de Pedro e abandono dos discípulos. No entanto, mesmo na hora das trevas e do príncipe deste mundo, o sacrifício de Cristo torna-se secretamente a fonte de onde brotará, inesgotável, o perdão dos nossos pecados. (CIC 1850-1851)

Veja mais em: https://catecismo.net/

Sobre o pecado social veja o que diz o bispo da UcrâniaSchevchuk: não nos calemos diante do pecado

Paulinas Editora tem um livro para o sacramento da reconciliação, a confissão: Como e porque se confessar

3 de outubro de 2023

Quais são os Santos Mártires do Rio Grande do Norte?

Paula Pedreira, de Natal (RN), pergunta:  Quais são os Santos Mártires do Rio Grande do Norte?



Paula,

Foram cerca de trinta vítimas de dois massacres no interior da capitania do Rio Grande — cujo território daria origem à província do Rio Grande do Norte e posteriormente ao estado do Rio Grande do Norte. 

Vinte e cinco homens e cinco mulheres foram reconhecidas como vitimas em dois morticínios diferentes, ambos tendo ocorrido no ano de 1645, durante as invasões holandesas no Brasil. O primeiro massacre ocorreu em julho, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no engenho de Cunhaú, município de Canguaretama. O segundo ocorreu em outubro, na comunidade de Uruaçu, município de São Gonçalo do Amarante.

Beatificação e canonização

Foram beatificados pelo Papa João Paulo II em 5 de março de 2000. No dia 23 de março de 2017, o Papa Francisco autorizou a canonização dos trinta mártires do Rio Grande do Norte. A cerimônia ocorreu em 15 de outubro de 2017, na Praça de São Pedro, no Vaticano, sendo presidida pelo mesmo Papa.  Eles são lembrados como protomártires brasileiros, título dado pela Igreja Católica aos primeiros mártires de determinada nação ou localidade.


Massacre de Cunhaú

O primeiro engenho construído na capitania do Rio Grande foi palco de uma disputa territorial e religiosa envolvendo colonos portugueses, holandeses e nativos (indígenas Janduís), uma das mais trágicas disputas da história do Brasil. No ano de 1645, a capitania era dominada pelos holandeses.

Jacob Rabbi, um judeu alemão que lá chegou por meio de um convite holandês, casou-se com uma indígena e morou junto da tribo dos Janduís, seguindo os costumes dos nativos. Chegou ao engenho em 15 de julho de 1645, mas já era conhecido pelos moradores, pois havia passado por lá anteriormente, sempre escoltado pelas tropas dos índios Tapuias e Janduís. 

Nesse dia, veio com mais violência. Além dos Tapuias, trazia alguns potiguares e soldados holandeses. 

Era domingo, dia 16 de julho de 1645 e, como de costume, os fiéis reuniram-se para celebrar a Eucaristia. Foram à missa na igreja de Nossa Senhora das Candeias, mas Jacob Rabbi havia fixado um edital na porta da igreja: após a missa, haveria ordens do governo holandês. O pároco, padre André de Soveral, responsável pela evangelização na região, começa a celebração e, depois do momento da consagração, as portas da capela foram fechadas: deu-se início ao ataque pelos nativos e invasores holandeses aos colonos leigos e clérigos que celebravam a missa. Ao verem que seriam mortos pelas tropas, os colonos pediram misericórdia a Jesus "entre mortais ânsias, confessaram-se ao sumo sacerdote pelo perdão por suas culpas", enquanto o padre André estava tendo o seu coração arrancado brutalmente do peito pelo jaguar da floresta".

Martírio de Uruaçu

Em 3 de outubro de 1645, três meses depois do massacre de Cunhaú, aconteceu outro, desta vez na comunidade de Uruaçu, este também a mando de Jacob Rabbi.

Logo após o primeiro massacre, o medo se espalhou por aquela e por outras capitanias. A população ficou receosa, pois tinha medo de novos ataques. 

No massacre de 3 de outubro, foram cenas idênticas, no entanto com mais crueldade. 

Depois da Eucaristia, fecharam as portas da igreja e os mataram ferozmente, arrancaram suas línguas para não proferirem orações católicas, braços e pernas foram decepados, crianças foram partidas ao meio, e grande parte dos corpos foi degolada. 

O celebrante, padre Ambrósio Francisco Ferro, pároco da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, mesmo vivo, foi muito torturado. 

O camponês Mateus Moreira, sacristão da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, mesmo arrancado seu coração, exclamou: "Louvado seja o Santíssimo Sacramento", e por esse motivo, ele é patrono dos ministros extraordinários da comunhão no Brasil.

Beatificação

Aqui, no Brasil, não foram poucas as dificuldades de implantação do Evangelho. A presença da Igreja foi se afirmando lentamente mediante a ação missionária de várias ordens e congregações religiosas e de sacerdotes do clero diocesano. 

Os mártires,  beatificados, saíram, no fim do século XVII, das comunidades de Cunhaú e Uruaçu, do Rio Grande do Norte. André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro – presbíteros e 28 companheiros leigos pertencem a esta geração de mártires que regou o solo pátrio, tornando-o fértil para a geração de novos cristãos. Eles são as primícias do trabalho missionário, os protomártires do Brasil. Um deles, Mateus Moreira, estando ainda vivo, foi-lhe arrancado o coração das costas, mas ele ainda teve forças para proclamar a sua fé na Eucaristia, dizendo: "Louvado seja o Santíssimo Sacramento ”.


Capela dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, em São Gonçalo do Amarante

Os mártires são lembrados em duas datas, no dia 16 de julho, em Canguaretama, e dia 3 de outubro, em São Gonçalo do Amarante. Esta última data é lembrada em caráter estadual: pela lei Nº 8.913/2006, que declara a data feriado estadual.

São lugares de romarias e peregrinações: a Capela dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu em São Gonçalo do Amarante; o Santuário dos Mártires, no bairro Nossa Senhora de Nazaré em Natal e a capela de Nossa Senhora das Candeias, no antigo engenho de Cunhaú.

Canonização

Os Santos Mártires foram canonizados pelo Papa Francisco em 15 de outubro de 2017, na Praça São Pedro, Vaticano.

Mártires

Mortos em Cunhaú, em 16 de julho de 1645

Padre André de Soveral

Domingos Carvalho

Mortos em Uruaçu, em 3 de outubro de 1645

Padre Ambrósio Francisco Ferro - 2° pároco da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação - Catedral Antiga

Mateus Moreira - Sacristão da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação - Catedral Antiga

Antônio Vilela e sua filha

José do Porto

Francisco de Bastos

Diogo Pereira

João Lostau de Navarro

Antônio Vilela Cid

Estêvão Machado de Miranda e duas filhas

Vicente de Souza Pereira

Francisco Mendes Pereira

João da Silveira

Simão Correia

Antônio Baracho

João Martins e sete companheiros

Manuel Rodrigues Moura e sua esposa

uma filha de Francisco Dias. 

Localização

Este morticínio aconteceu no Engenho de Uruaçu. Hoje chama-se Comunidade Uruaçu na área do município de São Gonçalo do Amarante – a 18 km de Natal, litoral do RN.

Processo de Beatificação

Segundo o Postulador da Causa dos Mártires, Mons. Francisco de Assis Pereira, “a memória dos servos de Deus sacrificados em Cunhaú e Uruaçu, em 1645, permaneceu viva na alma do povo potiguar, que os venera como enclíticos defensores da fé católica”. 

O processo de beatificação foi concedido pela Santa Sé, no dia 16 de junho de 1989. Em 21 de dezembro de 1998, o Papa São João Paulo II assinou o Decreto reconhecendo o martírio de 30 brasileiros, sendo dois sacerdotes e 28 leigos. 

Monsenhor Assis acompanhou o processo de beatificação junto ao Vaticano, por mais de dez anos, reunindo documentos em pesquisas realizadas em Portugal, Holanda e no Brasil. Deste material resultou o livro Protomártires do Brasil, de sua autoria, lançado no final de 1999.


A Beatificação aconteceu no Vaticano

A celebração de Beatificação aconteceu na Praça de São Pedro, no Vaticano, dia 5 de março de 2000, presidida por São João Paulo II. Cerca de mil brasileiros participaram da celebração. 

Durante a Santa Missa, São João Paulo II pronunciou sua homilia em italiano, português, polonês, francês e inglês. O Papa fez a seguinte reflexão em português: 

“São estes os sentimentos que invadem nossos corações, ao evocar a significativa lembrança da celebração dos quinhentos anos da evangelização no Brasil, que acontece este ano.

Naquele imenso País, não foram poucas as dificuldades de implantação do Evangelho. A presença da igreja foi se afirmando lentamente mediante a ação missionária de várias ordens e congregações religiosas e de sacerdotes do clero diocesano. Os mártires, que hoje são beatificados, saíram, no fim do século XVII, das comunidades de Cunhaú e Uruaçu, do Rio Grande do Norte. André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro – presbíteros,  e 28 companheiros leigos pertencem a esta geração de mártires que regou o solo pátrio, tornando-o fértil para a geração de novos cristãos. Eles são as primícias do trabalho missionário, os protomártires do Brasil. Um deles, Mateus Moreira, estando ainda vivo, foi-lhe arrancado o coração das costas, mas ele ainda teve forças para proclamar a sua fé na Eucaristia, dizendo: ‘Louvado seja o Santíssimo Sacramento’."



Monumento lembra os Protomártires

Em Uruaçu, local onde outros mártires tiveram suas vidas barbaramente ceifadas, no município de São Gonçalo do Amarante (RN), foi construído um monumento para grandes celebrações e romarias, em parceria com o Governo do Estado.

 A inauguração ocorreu aos 02 de dezembro de 2000, com a presença do Governador do Estado, Garibaldi Alves Filho; do Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Eugênio Sales; do Arcebispo de Natal, Dom Heitor de Araújo Sales; bispos do Regional Nordeste 2; padres e cerca de 12 mil fiéis.

Livros publicados sobre o tema

Ao longo de mais de 363 anos que separam a data do morticínio de Cunhaú e Uruaçu e o atual momento histórico do Brasil, historiadores, jornalistas e escritores têm feito referências ao acontecimento. 

Nos últimos anos, porém, três livros merecem destaque pela profundidade com que tratam o assunto: 

Protomártires do Brasil, do Postulador da Causa dos Mártires junto ao Vaticano, Monsenhor Francisco de Assis Pereira; 

Terras de Mártires, da jornalista Auricéia Antunes de Lima, e 

Mártires de Cunhaú e Uruaçu, do Padre Eymard L’E. Monteiro.