31 de janeiro de 2012

Significado dos documentos do Vaticano II

O que significam os documentos do concílio do vaticano segundo para a nossa igreja nos dias de hoje ? Poderíamos afirmar que todos os documentos do Concílio Vaticano II são para os dias de hoje?Sabe por que?
jurandir fernandes vieira

Os assuntos tratados e os documentos publicados pelo Vaticano II são de uma grande atualidade. São como uma grande resposta às interrogações de hoje.
O que significam os documentos deste Concílio? Veja, primeiro, o que disse o Papa João XXIII que iniciou

O Concílio Vaticano II foi aberto em 11 de outubro de 1962 pelo papa João XXIII, e concluiu em 7 de dezembro de 1965, pelo papa Paulo VI. Neste dia o papa João XXIII disse: "Todos os Concílios celebrados na história, tanto os 20 Concílios Ecumênicos, como os inúmeros Provinciais e Regionais, também importantes, testemunham claramente a vitalidade da Igreja Católica e constituem pontos luminosos da sua história." E disse mais o Bom Papa, no seu discurso inaugural:
"Ao lado dos motivos de alegria espiritual, é também verdade que sobre esta história se estende ainda, por mais de 19 séculos, uma nuvem de tristeza e de provações. Não é sem motivo que o velho Simeão manifestou a Maria, Mãe de Jesus, aquela profecia, que foi e permanece verdadeira:  « Este menino está posto para ruína e para ressurreição de muitos, e será sinal de contradição » (Lc 2, 34). E o próprio Jesus, chegando à idade adulta, fixou bem claramente a atitude que o mundo havia de continuar a tomar perante a sua pessoa através dos séculos, ao pronunciar aquelas palavras misteriosas: « Quem vos ouve, a mim ouve » (Lc 10, 16); e com aquelas outras, citadas pelo mesmo evangelista: « Quem não está comigo, está contra mim; e quem não recolhe comigo, desperdiça » (Lc 11, 23).
O grande problema, proposto ao mundo, depois de quase dois milênios, continua o mesmo. Cristo sempre a brilhar no centro da história e da vida; os homens ou estão com ele e com a sua Igreja, e então gozam da luz, da bondade, da ordem e da paz; ou estão sem ele, ou contra ele, e deliberadamente contra a sua Igreja: tornam-se motivo de confusão, causando aspereza nas relações humanas, e perigos contínuos de guerras fratricidas.
Os Concílios Ecumênicos, todas as vezes que se reúnem, são celebração solene da união de Cristo e da sua Igreja, e por isso levam à irradiação universal da verdade, à reta direção da vida individual, doméstica e social; ao reforço das energias espirituais, em perene elevação para os bens verdadeiros e eternos. "
(Se quiser, leia na íntegra o discurso do papa João XXIII e o do papa Paulo VI,  neste blog. No menu: Vaticano II).

Quais são os documentos publicados pelo Vaticano II?
Veja o título dos 16 documentos do Vaticano II  e sobre o que trataram:

Constituições 
Dei Verbum - SOBRE A REVELAÇÃO DIVINA
  Lumen Gentium - SOBRE A IGREJA
  Sacrosanctum Concilium - SOBRE A SAGRADA LITURGIA
  Gaudium et Spes - SOBRE A IGREJA NO MUNDO ATUAL

Declarações  
Gravissimum Educationis - SOBRE A EDUCAÇÃO CRISTÃ
  Nostra Aetate - SOBRE A IGREJA E AS RELIGIÕES NÃO-CRISTÃS
  Dignitatis Humanae - SOBRE A LIBERDADE RELIGIOSA

Decretos
Ad Gentes - SOBRE A ATIVIDADE MISSIONÁRIA  DA IGREJA
Presbyterorum Ordinis - SOBRE O MINISTÉRIO E A VIDA DOS SACERDOTES
Apostolicam Actuositatem - SOBRE O APOSTOLADO DOS LEIGOS
Optatam Totius - SOBRE A FORMAÇÃO SACERDOTAL
Perfectae Caritatis - SOBRE A CONVENIENTE RENOVAÇÃO DA VIDA RELIGIOSA
Christus Dominus - SOBRE O MÚNUS PASTORAL DOS BISPOS NA IGREJA
Unitatis Redintegratio - SOBRE O ECUMENISMO
Orientalium Ecclesiarum - SOBRE AS IGREJAS ORIENTAIS CATÓLICAS
Inter Mirifica - SOBRE OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

(Veja cada um destes Documentos do Vaticano II, em cerca de 12 línguas, entre elas, o português, acessando o Site do Vaticano).

Como vê, os assuntos tratados e os documentos publicados pelo Vaticano II são de uma grande atualidade. São como uma grande resposta às interrogações de hoje.

É preciso que sejam conhecidos e assumidos na vida de nossas comunidades.

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15 de janeiro de 2012

Como lidar com as perdas

Está sendo difícil para mim compreender a partida de meu esposo. Sinto dificuldade também em ajudar meu netinho que adorava o vovô. Lúcia

É difícil, Lúcia, para a maioria das pessoas interpretar e acolher este momento. Difícil para os adultos e muito mais, para as crianças. Há grupos preocupados e dedicados a ajudar pessoas enlutadas.
Lembro-me, agora, do Raimundo, um senhor muito humilde, da COHAB, onde fiz missão em finais de semana, anos atrás. Num momento de reflexão, o presidente da celebração pediu que conversássemos sobre a fé e a vida, em grupos. Eu era do grupo do senhor Raimundo. E ele nos disse, de forma muito simples:
“Quando nascemos, ao sermos batizados, recebemos uma vela que foi acesa. Durante a vida, conforme vivemos nossa fé, esta vela vai se queimando e diminuindo. No momento de nossa morte, ela se apaga. É o que vemos, mas, na verdade, ela não se apaga. Na verdade, a nossa luz se mistura naquele momento com a luz de Deus!”
Que profunda esta definição do Sr. Raimundo sobre a fé, a vida e a  morte. Nunca vou esquecer este testemunho de fé tão verdadeira.
Outra pessoa da mesma comunidade, já no final de sua vida, deixou-me outra frase cheia de sabedoria: o senhor José. Sabendo que era paciente em fase terminal, quis ajudá-lo e foi ele quem me ajudou quando disse: "Para mim morrer é como trocar uma roupa velha por uma roupa nova. É uma vida nova".
Experimentamos todos nós, o sofrimento, a dor por tantas pessoas queridas que partem deixando-nos surpresos e sem palavras!
Podemos ter esta certeza: nossos amigos e familiares, que partiram, o esposo de Lúcia, brilham muito mais, pois sua luz se confunde com a Luz de Deus. Assim nos garante nossa fé! E o Sr. Raimundo explicou de forma tão simples.
Os bispos, na Conferência de Aparecida, disseram uma palavra fundamentada na Bíblia:
“Por assim dizer, Deus Pai sai de si, para nos chamar a participar de sua vida e de sua glória. Por meio de Israel, povo que fez seu, Deus nos revela seu projeto de vida. Cada vez que Israel procurou e necessitou de seu Deus, sobretudo nas desgraças nacionais, teve uma singular experiência de comunhão com Ele, que o fazia partícipe de sua verdade, sua vida e sua santidade. Por isso, não demorou em testemunhar que seu Deus – diferentemente dos ídolos – é o “Deus vivo” (Dt 5,26) que o liberta dos opressores (cf. Ex 3,7-10), que perdoa incansavelmente (cf. Ec 34,6; Eclo 2,11) e que restitui a salvação perdida quando o povo, envolvido “nas redes da morte” (Sl 116,3), dirige-se a Ele suplicante (Cf. Is 38,16). Deste Deus – que é seu Pai – Jesus afirmará que “não é um Deus de mortos, mas de vivos” (Mc 12,27). (DAp 129).
Apontando para a vida eterna, o último livro da Bíblia diz: “Deus estará com eles. Enxugará as lágrimas de seus olhos e não haverá morte nem luto, nem pranto, nem dor, porque tudo o que é antigo terá desaparecido” (Ap 21,2-4).
O netinho de Lúcia não tem condições de entender tudo isto. Mas, li estes dias e presenteei uma menininha que chorava de saudade do vovô que partiu, um livro muito interessante, intitulado “Que saudades de você...” de Pat Palmer e Eve Ferreti, Paulinas. Pode ajudar.

14 de janeiro de 2012

Ainda existe "O Lutador"?

Edição nº 3732
Sras. Sou assinante da revista Familia Cristã. Minha avó assinava um jornalzinho chamado “ O LUTADOR" também um jornal religioso, gostaria de saber de vocês se ainda existe este jornal, e se existir como faço para assiná-lo? No aguardo. José A.

O jornal "O Lutador" tem tradição e muita história.
No complexo gráfico que é a Editora O Lutador, nasceu primeiro o jornal "O Lutador", em Manhumirim, interior de Minas Gerais. Precisamente no dia 25 de novembro de 1928, saía o primeiro número do semanário, que nunca mais deixaria de viver e lutar pela causa do Evangelho, que em última análise é a causa do homem.
Nas circunstâncias históricas em que foi fundado pelo Pe. Júlio Maria de Lombaerde, o nome "O Lutador" tinha endereço certo e lutas concretas!
A Igreja era acuada publicamente por ataques protestantes, espíritas e maçônicos, e não tinha
como defender-se e mostrar ao povo a verdade da fé católica. O Pe. Júlio Maria fundou o jornal para ter esse espaço e poder responder aos ataques que a Igreja sofria. Mais tarde, o espírito ecumênico que tomou conta da Igreja Católica iria mudar essa posição. Passou da polêmica e do anátema ao diálogo.
A linguagem e as intenções, hoje, são outras. Mas a luta pela Igreja e pelo homem, a vontade histórica continua sendo a mesma. Hoje, os adversários do cristianismo são diferentes. Mas estão aí, agressivos e corrosivos, e precisam de encontrar quem não recuse a luta do esclarecimento e do dever do diálogo, por vezes duro.

Com a morte do Pe. Júlio Maria, em 1944, substituiu-o o Pe. José Batista; depois, o Pe. Antônio Miranda (hoje, bispo emérito de Taubaté, SP), a seguir o Pe. Paschoal Rangel e, enfim, o Pe. Sebastião Sant’Ana - todos da Congregação dos Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora, fundada pelo mesmo Pe. Júlio Maria. Pe. Paschoal Rangel assumiu a direção editorial em 1967, trouxe o jornal para Belo Horizonte, em 1972, e imprimiu-lhe uma feição nova, procurando manter uma linha de equilíbrio, sem progressismos, sem reacionarismos: uma linha moderada, mas sem medo de tomar posição; esclarecendo e interpretando fatos e idéias, à luz do magistério da Igreja.

O olhar do teólogo e do filósofo católico passou a orientar as páginas de O Lutador. Pe. Sebastião Sant’Ana modernizou ainda mais o jornal, graças às facilidades oferecidas pela Internet, além de acrescentar a publicação de 3 encartes mensais: Cadernos Missionários, Cadernos de Liturgia e Cadernos de Cidadania.

Os temas e sua periodicidade
O Jornal circula em 3 edições mensais e é composto de 16 páginas. Traz sessões importantes, como Editorial sobre os temas do momento, Igreja Hoje, Crônicas, Respondendo aos leitores, páginas de interesse das pastorais paroquiais (Família, Catequese, Juventude, Espiritualidade, etc.) e espaço para a manifestação dos leitores.

O jornal é distribuído mediante assinatura anual, diretamente na Livraria Online ou pelo telefone 0800-317171.
Conheça e veja mais informações em: http://www.olutador.com.br/

13 de janeiro de 2012

Oração pessoal ou comunitária?

Senhores, tirem essa dúvida minha. No Evangelho diz Jesus: "Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu aí estarei no meio deles" Quero saber se eu rezo sozinho tem o mesmo valor? Abraços-  César

Muito interessante sua pergunta, César.
Olhe, tem grande valor a sua oração individual. O próprio Jesus se retira muitas vezes na solidão, à noite, de preferência na montanha, para orar. E, na sua oração, leva toda a humanidade, glorifica e bendiz o Pai. Reza constantemente. Até na cruz, quando diz: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Lc 23,34). Jesus também nos diz como devemos orar: podemos entrar no quarto, e rezar “no segredo”. “Quando fores rezar, entra no teu quarto, fecha a porta e reza a teu Pai, que vê o escondido” (Mt 6,6).
Ele diz também: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18,20).
E em vários momentos Jesus esteve em oração com os apóstolos, com o povo, na Sinagoga, no Templo. Entende-se, então, o valor da oração da Igreja. Juntos, em nome dele, do Senhor.
Sugiro a você a reflexão sobre este fascinante tema da oração, no Catecismo da Igreja Católica, dos parágrafos 2559 a 2672.
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O que é foco?

Foco quer ser um blog que projete um pouco de  luz sobre questões apresentadas por pessoas que sentem necessidade de ajuda na reflexão e na busca de melhor compreensão.

É verdade que um foco pode se direcionar a tantos ângulos diferentes. Segundo o dicionário "foco" é o ponto para onde converge, ou de onde diverge, um feixe de luz, depois de atravessá-la. Pode ser então, ponto de convergência, centro e rede.  A  proposta deste "Foco" é abordar questões de vida e da fé cristã, apontando para pontos de vista que iluminem o caminho!
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